segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sobre bons textos, e relações...

Quando criei o blog, a ideia era só postar textos de minha autoria. Mas com a criação deste passei a ler muito mais coisas na internet, e muito blogs intereçantes…
Já postei textos de amigos, ou noticias…
Normalmente são coisas que eu concordo, ou que falam por mim, que eu penso igual…
Alguém jogou hoje no twitter o link de um blog, e eu cai nesse texto.
Simplesmente divino! É bom saber que ainda existem homens que pensem assim!
Sim amigas, são raros, mas existem…

Uma ou Um milhão?

"O “complexo de Don Juan” que pegou essa geração de jeito parece consistir em uma competição que exalta a quantidade, ao invés de priorizar a qualidade. Os corredores dessa maratona sem sentido esquecem-se que, no fim das contas, tornam-se apenas números em caderninhos alheios e conversas de botequim. Talvez nunca tenham flertado com a ideia de ser o motivo de suspiros alheios, de sonhos e devaneios, de poesias e cartas apaixonadas. Parecem preferir ser uma pequena anotação ao invés de um capítulo… E acabam deixando de passar por situações que são indescritíveis, inerentes apenas a quem já teve o prazer de vivenciá-las.
É preciso bagagem para poder ficar entrelaçando os pés entre os lençóis depois de horas entrelaçando o resto do corpo, e arrumar assunto ao invés de virar para o lado e dormir. É preciso história para poder fazer outra coisa no domingo de tarde que não seja assistir o Faustão ou ir ao cinema. É preciso saber se ela prefere Neruda ou Pessoa na hora de sussurrar uma poesia. É preciso querer conhecer, todo dia, mais um pouco dessa pessoa… Mesmo sabendo que, no fim das contas, você nunca irá conhecê-la 100%. A inocência que o amor traz é, também, o combustível desse sentimento imortal.
Eu sempre acreditei - e credito isso ao meu conservadorismo - que vale mais fazer uma mulher sorrir verdadeiramente do que arrancar um meio-sorriso forçado de um milhão de mulheres. Que é melhor aprender, noite após noite, a fazer uma mulher atingir o máximo de seu prazer, do que passar cada noite em uma cama diferente, apenas para “colecionar histórias”. Que vale mais a pena descobrir cada manhã uma mulher diferente no mesmo par de olhos do que descobrir, em diversos pares de olhos, as mesmas mulheres vazias. "

Lucas Baranyi


http://www.baranyi.tumblr.com/


Aproveitem para ler outros textos do blog do rapaz.
Adorei!


sábado, 16 de outubro de 2010

Sobre Aeroportos e Observar Pessoas...

Adoro observar pessoas. Ver como agem, como se vestem, se são tímidas ou mais agitadas, se estão tranqüilas, sérias, nervosas...
Dizem que observar pessoas é coisa de atores, pra tentar usar coisas interessantes em seus personagens depois. Acho que nunca usei minhas observações para caracterizar algum personagem. Mas um dia o faço.
E não há melhor lugar para observar pessoas do que num aeroporto...
São pessoas vindo de lugares diferentes, indo pra lugares diferente, por motivos diferentes...
Imagine as histórias que circulam por ali.
Lembro que voltando de Uberlândia pra Palmas, no aeroporto de Belo Horizonte, haviam três meninas que me chamaram a atenção. Era uma quarta feira, e elas não tinham cara de quem estava viajando a trabalho, parecia ser uma viajem bem curta, pelo tamanho de suas malas. As três eram parecidas, altura mediana, cabelo lisos e escuros, eram magras, não tinham muitas curvas. Se vestiam de forma parecida, calça jeans sapatinha, uma blusinha básica. Uma usava um colar, a outra um cinto, e a terceira estava cheia de pulseiras no braço. Estavam animadas. Fiquei tentando imaginar da onde vinham, para onde iam, e pensei: “Se estiverem simplesmente passeando com as amigas, eu também quero!” deu uma invejinha.
Brasília foi mais interessante...
Cheguei lá por volta das 6h. a sala de embarque estava vazia. Abaixei a cabeça, e tentei dormir um pouco, por que eu estava morrendo de sono, e ainda ia ficar ali por umas 3 horas (e o vôo atrasou, e eu fiquei lá até as 10h.). Acho que tirei um cochilo de 40 min. Quando levantei a cabeça, aquela sala imensa parecia um formigueiro, composto por formigas de diferentes espécies. Havia um monte de engravatados, com suas pastinhas executivas e falando enlouquecidamente no celular. Tinha grupos de jovens, um time de alguma coisa, e muito estrangeiros, com algo parecido com turbantes na cabeça, e mochilas enormes nas costas. O que é que todas aquelas pessoas estavam fazendo ali?
Para onde iam? Por quê?
Isso me fez pensar se alguém ali, me observava, e tentava imaginar da onde eu vinha, e pra onde eu ia. Será que alguém acertou?