terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sobre Gritar...


Gritar para resolver problemas sempre me pareceu normal. Cresci ouvindo gritos sempre que fazia ou dizia alguma coisa errada. Claro que, os gritos nunca eram na frente dos outros na rua, ou das visitas em casa, os gritos vinham depois, geralmente acompanhado daqueles tapinhas que recentemente causaram discussão entre todos no Brasil.
Por crescer acreditando que gritar era a solução dos meus problemas, assim o fiz por muito tempo. Engraçado é que só tenho recordações de gritar com quem gritou comigo, meio que respondendo. Não me lembro de gritar com amigos que não gritaram comigo, nem com namorados que não gritaram comigo, e muito menos com familiares que não gritaram comigo. Talvez isso seja uma falha da minha memória, talvez seja eu tentando me convencer de que eu sou um pouco melhorzinha do que de fato eu sou.
Até que um belo dia, um Anjo apareceu na minha vida (Sim, ele sempre aparece na hora que eu preciso de um abraço ou de uma lição...), e me fez perceber o quanto doía quando alguém gritava comigo. Não, eu nunca havia parado pra reparar nessa dor horrível (acho que por que eu estava mais preocupada em dar o troco na mesma moeda).
Perceber o quanto dói quando alguém grita comigo, me fez perceber também que gritar, é como ir atrás da paz com a guerra.
Quem grita não tem razão. Nunca teve, e nunca vai ter. Não que ela perdeu a razão quando gritou, acho que ela grita como forma de impactar a pessoa que está ouvindo, fazendo assim que ela pereça que tem razão. Ela grita, por que sabe que não tem a razão.
Gritar é brigar, e brigar não é nenhum pouco legal.
Eu acho que, quando alguém estiver gritando, sem motivo, ou pelo motivo errado (na verdade motivo nenhum é motivo pra se gritar), a pessoa que estiver “recebendo” o grito, deveria calmamente pedir que a pessoa não grite, e lhe mostrar que está errada.
Eu não consigo, tenho medo de explodir e acabar gritando (eu ainda estou treinando o meu lado não “gritado” rs), então eu simplesmente me calo. Deixo a pessoa gritar, depois vou procurar outra coisa pra fazer, até a dor horrorosa passar.
Esses dias, gritaram comigo, dizendo “VOCÊ SÓ FICA NESSE COMPUTADOR”, a resposta que eu não dei é: “No computador, eu não ouço ninguém, então ninguém pode gritar comigo!”

PS: Lembre-se, o amor nem sempre é eterno, e certas coisas ditas durante um grito pode fazer com que ele acabe.

Um comentário:

  1. que curioso... eu devo terminar com minha namorada exatamente porque de vez em quando ela grita comigo por questões simples... eu considero abominável. Fico a imaginar o que seria se aceitasse, digamos, nos próximos anos, casar-me com alguém que grita comigo... melhor sofrer com o término agora e viver sozinho, pelo menos por enquanto, mesmo.

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